Temporal no RS: Paulo Pimenta fala sobre recursos liberados pelo governo federal para ajudar as cidades gaúchas e rebate críticas ao presidente Lula

​A Defesa Civil do Estado confirmou que 46 pessoas perderam a vida em decorrência das grandes chuvas que atingiram o RS nos últimos dias. Em visita à região no domingo (10), o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, anunciou que o governo federal irá disponibilizar R$ 741 milhões em ajuda ao Rio Grande do Sul.

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A comitiva do governo federal contou com a presença de oito ministros, entre eles o ministro-chefe de Comunicação Social, o santa-mariense Paulo Pimenta (PT), que conversou com o programa Bom dia, Cidade!, na Rádio CDN 93.5 FM, na manhã desta segunda-feira (11). Ele afirmou que já estava monitorando esse cenário desde a última semana e que as equipes já estavam mobilizadas para ajudar caso fosse necessário.

– É uma situação gravíssima, muitos óbitos, pessoas desaparecidas... não conseguimos mensurar a proporção do sofrimento, da dor dessas famílias que perderam suas casas e seus familiares, além de outras que aguardam por um fio de esperança, em encontrar alguém vivo – relata o ministro.

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Paulo Pimenta afirmou que a ajuda do governo trabalha com "três momentos": o primeiro, considerado prioridade, é salvar vidas, ou seja, dar para as pessoas a garantia mínima de sobrevivência. Depois vem o segundo momento, que é auxiliar na reconstrução e limpeza das cidades. Por fim, a recomposição da economia na região, pois não só as empresas sofrem com essa situação; muitos empregos também foram perdidos. 

Com o auxílio de R$ 741 milhões que o governo vai disponibilizar para ajudar na reconstrução das cidades gaúchas, Pimenta falou sobre recursos que já foram liberados de forma emergencial. O recurso abrigamento foi liberado na última sexta-feira (8), afirmou o ministro, com o objetivo de garantir itens básicos de sobrevivência. 

Pelo menos 49 unidades de saúde foram atingidas e precisarão de apoio. Neste caso, o Ministério da Saúde vai agir nesta ajuda. Justamente sobre saúde, o ministro reforçou que um segundo recurso, voltado para essa área, também já foi liberado:

– Tem outro recurso que é voltado para a saúde. Temos o hospital de campanha funcionando, que já receberam kits para conseguir atender cerca de 15 mil pessoas. Esses kits possuem antibióticos, seringas, remédios, ou seja, itens mais emergenciais, e isso já chegou.

Além disso, Pimenta revelou que pelo menos 11 planos de trabalho, apresentados pelos municípios, foram apresentados ao Ministério da Integração e foram aprovados, publicados de forma extraordinária no Diário Oficial da União no domingo. Esse plano tem três pilares: ajuda humanitária, reconstrução e reestabelecimento. Ele não detalhou valores, mas afirmou que esse recurso já foi liberado para as cidades.

O ministro reforçou as ações integradas feitas pelas Forças Armadas:

– Temos pelo menos 950 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica trabalhando nestes locais, ajudando na limpeza, nos destroços e na retirada dos escombros. Temos oito botes salva vidas com equipes tralhando no resgate em áreas isoladas. Sete aeronaves das Forças Armadas e mais um helicóptero da Policia Rodoviária Federal (PRF) trabalhando em operações de resgate. Ou seja, é uma operação conjunta.

Paulo Pimenta também lamentou que, em meio a uma tragédia, o governo tenha que "se preocupar com fake news", tirando o foco para o que está de fato ocorrendo:

– Eu tenho acompanhado diariamente a situação e o presidente Lula também. É triste que, em meio a toda essa tragédia, tenha que enfrentar também uma disputa política, além das fake news. Ontem (domingo)  mesmo tivemos que acionar a Polícia Federal (PF) por causa de vídeos que estavam viralizados nas redes que falavam mentiras sobre ações do governo. É tudo mentira! No meio de uma tragédia como essa, uma fake news toma uma grande proporção.

Por fim, ao ser questionado sobre a polêmica envolvendo a ausência do presidente Lula nas cidades gaúchas, o ministro devolveu afirmando que nenhuma autoridade se manifestou sobre a tragédia antes de Lula e que o presidente determinou, de forma imediata, a presença do governo nas áreas afetadas pela chuva.

– Nosso governo está lá desde a primeira hora. Nosso presidente foi para a Índia porque nosso país assumiu a presidência do G-20 e o tema principal do evento é mudanças climáticas! São nesses fóruns que vamos tirar recursos para investir em trabalhos de prevenção, recuperação das encostas. Então sabemos do compromisso do nosso governo e é assim que vamos seguir trabalhando – finalizou.

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